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segunda-feira, 31 de março de 2014

Reunião do Conselho Gestor do Projeto Ajeun Ilerá–ASSOBECATY

Segunda feira, aconteceu na sede da ASSOBECATY, a reunião mensal  do Conselho Gestor do Projeto Ajeun Ilerá.- PAA Guaíba

Foto: Segunda feira, aconteceu na sede da ASSOBECATY, a reunião com o Conselho Gestor do Projeto Ajeun Ilerá.

O Conselho Gestor do Projeto Ajeun Ilerá  realizou  a reunião do Projeto Ajeun Ilerá  para tratar de assuntos relevantes  a entrega de alimentos.

Foto: A reunião do Projeto Ajeun Ilerá   em  Yorubá significa alimento saudável para todos, teve como pauta principal preparar o conselho para a entrega de alimentos.nos núcleos de distribuição.

sábado, 22 de março de 2014

1º Ano do Telecentro e Biblioteca Mob Caldas, ASSOBECATY, celebrou com muita alegria

A casa tradicional ASSOBECATY, festejou com muita alegria primeiro ano de instalação do Telecentro Br no axé.

Foto: A casa tradicional ASSOBECATY,  festejou o primeiro ano de instalação do Telecentro Br no axé.

Preparando para cantar juntos o parabéns !

Foto: Preparando para cantar juntos o parabéns !

15 de março  de 2013, foi inaugurado o telecentro no axé, 1ª casa de matriz africanao que recebeu equipamentos do Programa do governo federal Telecentros Br, que esta sendo implentado pelo MIC- Ministério das Comunicações e articulado pela SEPPIR- Secretaria Especial de Políticas de Promoção a Igualdade Racial. Passou um ano que a comunidade do entorno do terreiro de Mãe Carmen de Oxalá, esta tendo condições de romper com a exclusão digital.

Foto: Preparando para o parabéns !

  As criança foram o público que foi convidados para realizar a celebração do primeniro aninho das instalações de Telecentro, localizada no município de Guaíba.

A data inspira, as manifestações de alegria !

Foto: A data inspira, as manifestações de alegria !

As atividades voltadas para a promoção do uso de ferramentas de TI em que o espaço para todas as pessoas tenham acesso aos equipamentos e sabia todos os serviços e utilidades que esta tecnologia facilita-nos neste mês deu mais globalizada.

Registro da alegria das crianças durante o aniversário do Telecentro e Biblioteca Moab Caldas.

Foto: Registro da alegria  das crianças durante o aniversário do Telecentro e Biblioteca Moab Caldas.

Após, servido o chá com bolo para criançada. O inicio das brincadeiras !

Foto: Após servirmos  chá com  bolo para criançada. O inicio das  brincadeiras !

Dança das cadeiras, foi a brincadeira preferida!

Foto: Dança das cadeiras, foi a brincadeira preferida!

A comunidade expressa o seu sincero agradecimento às instituições que tornaram possível Seppir, Ministério das Comunicações), o município tem hoje, com este centro de computador, que é um espaço muito importante que acolhem adultos, mas principalmente tirando das ruas, diáriamennte 100 crianças e jovens .

1º Ano do Telecentro e Biblioteca Mob Caldas, ASSOBECATY, celebrou com muita alegria

A casa tradicional ASSOBECATY, festejou com muita alegria primeiro ano de instalação do Telecentro Br no axé.

Foto: A casa tradicional ASSOBECATY,  festejou o primeiro ano de instalação do Telecentro Br no axé.

Preparando para cantar juntos o parabéns !

Foto: Preparando para cantar juntos o parabéns !

15 de março  de 2013, foi inaugurado o telecentro no axé, 1ª casa de matriz africanao que recebeu equipamentos do Programa do governo federal Telecentros Br, que esta sendo implentado pelo MIC- Ministério das Comunicações e articulado pela SEPPIR- Secretaria Especial de Políticas de Promoção a Igualdade Racial. Passou um ano que a comunidade do entorno do terreiro de Mãe Carmen de Oxalá, esta tendo condições de romper com a exclusão digital.

Foto: Preparando para o parabéns !

  As criança foram o público que foi convidados para realizar a celebração do primeniro aninho das instalações de Telecentro, localizada no município de Guaíba.

A data inspira, as manifestações de alegria !

Foto: A data inspira, as manifestações de alegria !

As atividades voltadas para a promoção do uso de ferramentas de TI em que o espaço para todas as pessoas tenham acesso aos equipamentos e sabia todos os serviços e utilidades que esta tecnologia facilita-nos neste mês deu mais globalizada.

Registro da alegria das crianças durante o aniversário do Telecentro e Biblioteca Moab Caldas.

Foto: Registro da alegria  das crianças durante o aniversário do Telecentro e Biblioteca Moab Caldas.

Após, servido o chá com bolo para criançada. O inicio das brincadeiras !

Foto: Após servirmos  chá com  bolo para criançada. O inicio das  brincadeiras !

Dança das cadeiras, foi a brincadeira preferida!

Foto: Dança das cadeiras, foi a brincadeira preferida!

A comunidade expressa o seu sincero agradecimento às instituições que tornaram possível (Compartel, CPE, Ministério das Comunicações, BT), o município tem hoje, com este centro de computador, que é um espaço muito importantante que acoljhem  crianças e jovens .

quarta-feira, 19 de março de 2014

Está definida a data de 31 maio, como dia de celebração de aniversário da ASSOBECATY

A diretoria da ASSOBECATY , definiu que o dia 31 de maio, será o dia de celebrar a passagem de aniversário 80 anos de resistência e 26 de identidade jurídica. Agende está data !

Foto: Boas novas, a diretoria da ASSOBECATY , definiu que o dia 31 de maio, será o dia de  celebrar a passagem de aniversário 80 anos de resistência e 26 de identidade juridica. Agende está data !

terça-feira, 18 de março de 2014

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura.

Data:18/mar/2014, 8h13min

Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola

SUL21Tweetar

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é  um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

Adélia Porto Silva

Eles têm poucos recursos, pouca visibilidade e quase nenhum apoio, mas desempenham um trabalho persistente, importante e corajoso. São grupos de cidadãos que militam em atividades culturais como música, dança, teatro, mas também em ações de educação ou de economia solidária. Compõem uma rede informal de rica diversidade cultural e são fortemente vinculados às comunidades a que pertencem. Desde 2012, esses grupos culturais estão podendo receber apoio financeiro e acompanhamento técnico por parte do governo estadual, em convênio com o governo federal, através do Programa Rede RS de Pontos de Cultura.

Na segunda semana de fevereiro, por exemplo, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural, promovido pela Secretaria de Cultura. O curso, que tem um módulo presencial de três dias e outro à distância, com duração de dois meses, trata de temas como economia da cultura, planejamento e gestão cultural, prestação de contas e aspectos jurídicos. O objetivo, diz o diretor de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Cultura, João Pontes, é ajudar a instrumentalizar os grupos para o gerenciamento, geração de recursos, busca de novos caminhos e oportunidades. “É a sociedade que produz cultura”, diz Pontes. “O Estado oferece apoio”.

Na segunda semana de fevereiro,  43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

Na segunda semana de fevereiro, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

O programa Pontos de Cultura nasceu como política de base do Cultura Viva, do Ministério da Cultura, em 2004, na gestão de Gilberto Gil, para reconhecer, apoiar e articular projetos culturais já existentes nas comunidades. Alguns municípios gaúchos chegaram a fazer convênios isoladamente com o governo federal, dentro do programa – cerca de 40. Mas em 2012, o governo do Estado assinou com o MinC um convênio pelo qual ambas as esferas passam a atuar em conjunto, oferecendo fomento financeiro e apoio aos grupos, selecionados em editais. O governo federal participa com 80% dos recursos e o Estado, com 20%, num total de 18 milhões para 160 grupos selecionados. Projetos de municípios com até 10 mil habitantes recebem 60 mil reais em parcelas durante três anos. Os de cidades com mais de 10 mil habitantes recebem 180 mil reais por igual período de tempo. Os recursos se destinam em parte à aquisição de equipamentos e o restante, ao custeio. Um primeiro edital selecionou 82 grupos culturais em todo o RS. Outro edital, em fevereiro passado, previu a seleção de 78 novos grupos. Ao ter seu projeto de trabalho escolhido, o grupo é reconhecido pelo programa como Ponto Cultural, um reconhecimento que funciona como qualificação. O Rio Grande do Sul foi um dos últimos estados, junto com o Paraná, a aderir ao programa federal.

Desenvolvimento e cidadania

O programa deixa de considerar a cultura como bem periférico para as pessoas e passa a tratá-la como parte integrante da vida da comunidade. “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado”, argumenta João Pontes, da Sedac. “A ideia é que a cultura gera renda, emprega pessoas, movimenta a economia de diferentes formas e contribui para a inclusão social”. Dados de pesquisa mostram que 7% da economia brasileira são vinculados à cultura, o que acompanha a média mundial.

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

Os grupos que estão tendo sua importância reconhecida são, diz João Pontes, “historicamente excluídos de tudo – das políticas públicas, do financiamento e dos meios de comunicação privados”. A grande indústria cultural os relega a uma condição de invisibilidade. A nova visão sobre a questão pretende compreender os direitos culturais como prevê a Constituição: bens e serviços culturais são direitos sociais básicos. “Os Pontos de Cultura dentro dos sistemas estadual e federal cumprem o mesmo papel que o posto de saúde e a escola”, diz Pontes.

Para o coordenador do projeto na Secretaria da Cultura, Ricardo Oliveira, “o Estado não tem a capacidade nem a atribuição de fazer cultura. Quem faz cultura são o cidadão e as comunidades. Cabe ao Estado a ação política para estimular a cidadania cultural”. Oliveira considera que o saldo mais importante dessa política é a articulação em rede e a possibilidade dos grupos se encontrarem, trocarem informações e experiências, verem a si mesmos, ganhando autonomia e reconhecimento. A distribuição dos Pontos de Cultura leva em conta a divisão territorial: cada uma das nove regiões funcionais do Estado tem um Ponto de Cultura. Existe também a preocupação de reconhecer como Ponto grupos estabelecidos nos Territórios da Paz, onde o governo procura atuar na área de segurança melhorando os serviços públicos e a qualidade de vida da população.

A noção de cultura merece um tratamento específico. Ela não se limita às manifestações artísticas. “Hoje se avança na construção de uma base teórica e conceitual da cultura”, diz Ricardo Oliveira. Na conceituação ampliada, a cultura perpassa questões de saúde, de economia solidária ou movimentos sociais e campesinos. Ou, segundo o próprio Gilberto Gil, “todo trabalho humano é para a cultura e pela cultura. A senhora que vai à missa, a outra que vai ao terreiro de candomblé, outro que vai ao futebol, outro que vai namorar, tudo isso é cultura”. A diversidade está representada nos projetos selecionados, que tanto podem ser grupos de tradição afro, quilombolas, indígenas, de economia popular solidária, meio ambiente, agricultura familiar, cultura digital, educação, música, dança, teatro. A exigência é que tenham o reconhecimento da comunidade.

Ilê Axé Cultural: em Guaíba, o resgate da tradição afro

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura. O convênio que cria o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural foi assinado recentemente e a responsável pela casa, Carmem Lucia de Oliveira – Mãe Carmem de Oxalá, comemora: “Se chegamos até aqui sem recursos, a partir de agora nosso trabalho vai aparecer mais ainda”. A casa existe desde 1943 e tem uma longa tradição de serviço e de agregação social na comunidade do Jardim Santa Rita, em Guaíba. Mãe Carmem é sucessora de sua mãe e a casa sempre foi regida pela força feminina, tanto no campo espiritual quanto social. “Em pequena, via minha mãe receber e orientar muitas pessoas, principalmente mulheres”, conta, lembrando a atuação de guia solidária que a mãe desempenhava.

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

“Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas”, diz. Além de preservar e valorizar a cultura afro, devolvendo identidade e orgulho às pessoas, a casa oferece à comunidade oficinas e atividades práticas de aprendizado e de trabalho. Por iniciativa da Ilê Axè Cultural, foram identificadas e preservadas duas áreas na cidade – a Pedra de Xangô e a Gruta de Oxum, ambas na praia da Alegria – , espaços outrora habitados por negros escravizados. “Nossas atividades culturais desembocam nesses espaços”, diz ela. A casa dispõe de um telecentro aberto à comunidade. Com 11 máquinas, não dá para atender todos ao mesmo tempo, por isso existe um horário de uso. Quando o jovem deixa o computador para ceder o espaço a outro, vai para uma “roda de conversa”, que tem a coordenação de alguém do grupo, onde tem oportunidade de falar sobre temas de sua realidade e onde a questão da identidade é um dos assuntos que mais aparecem.

O projeto selecionado pelo programa é composto por três eixos: culturas populares – oficinas de capoeira, ritmos e danças; grupos étnicos culturais – resgate cultural, popularização das festas, exposições; e incubadora cultural, onde os jovens têm acesso a equipamentos como instrumentos musicais, máquinas fotográficas, filmadoras e equipamentos de som, oferecendo a possibilidade de projetarem o futuro. Uma das primeiras aquisições que a casa fará com os recursos repassados pelo projeto será aparelhos de ar condicionado que vão melhorar o conforto dos usuários no telecentro.

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz

Com uma história heroica de 35 anos, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um dos projetos reconhecidos pelo Rede RS Pontos de Cultura. Obter patrocínios não tem sido frequente na vida deste grupo que optou por subverter a estética e a experimentação teatral com base no teatro revolucionário e no pensamento do francês Antonin Artaud, ligado à arte surrealista e ao movimento anarquista. “O grupo tem desenvolvido ao longo do tempo diversas formas de sustentabilidade”, diz Marta Haas, que trabalha com a tribo desde 99, primeiro como aluna de uma das oficinas e agora dando aulas de iniciação teatral. Só depois de 28 anos de atuação, o grupo obteve um patrocínio – da Petrobras – que se manteve até o final do ano passado, custeando muitas das despesas. As pessoas mantêm atividades paralelas e não dependem financeiramente do trabalho que fazem no grupo. “Os recursos que virão agora vão garantir a continuidade de algumas oficinas em bairros”, diz Marta. Possibilitarão também qualificar o equipamento audiovisual do grupo. Ela acredita que, por ter sido reconhecido como Ponto de Cultura, Ói Nóis Aqui Traveiz terá mais facilidade em atuar em rede com outros grupos e com outros Pontos de Cultura.

O grupo teve como sede durante muitos anos a Terreira da Tribo, em mais de um endereço, na Cidade Baixa. Desde 2000, ocupa um espaço no bairro Navegante, onde funciona como Escola de Teatro Popular. Toda a organização do grupo é coletiva, desde a criação e montagem dos espetáculos à manutenção do espaço. As oficinas de formação de atores, uma das vertentes do trabalho do grupo, são gratuitas, em seis bairros da cidade.

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Tags: A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz<, Casa de Cultura Mario Quintana, cidadania, Cultura Viva, dança teatro, diversidade cultural, Ilê Axé Cultural, Música, Pontos de Cultura, territórios da paz

2 comentários para “Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola”

SAI O LEMBRETE DE AGENDA DE DATA DO ANIVERSÁRIO DA ASSOBECATY

LEMBRETE AGENDA DATA ASSOBECATY !

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura.

Data:18/mar/2014, 8h13min

Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola

SUL21Tweetar

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é  um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

Adélia Porto Silva

Eles têm poucos recursos, pouca visibilidade e quase nenhum apoio, mas desempenham um trabalho persistente, importante e corajoso. São grupos de cidadãos que militam em atividades culturais como música, dança, teatro, mas também em ações de educação ou de economia solidária. Compõem uma rede informal de rica diversidade cultural e são fortemente vinculados às comunidades a que pertencem. Desde 2012, esses grupos culturais estão podendo receber apoio financeiro e acompanhamento técnico por parte do governo estadual, em convênio com o governo federal, através do Programa Rede RS de Pontos de Cultura.

Na segunda semana de fevereiro, por exemplo, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural, promovido pela Secretaria de Cultura. O curso, que tem um módulo presencial de três dias e outro à distância, com duração de dois meses, trata de temas como economia da cultura, planejamento e gestão cultural, prestação de contas e aspectos jurídicos. O objetivo, diz o diretor de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Cultura, João Pontes, é ajudar a instrumentalizar os grupos para o gerenciamento, geração de recursos, busca de novos caminhos e oportunidades. “É a sociedade que produz cultura”, diz Pontes. “O Estado oferece apoio”.

Na segunda semana de fevereiro,  43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

Na segunda semana de fevereiro, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

O programa Pontos de Cultura nasceu como política de base do Cultura Viva, do Ministério da Cultura, em 2004, na gestão de Gilberto Gil, para reconhecer, apoiar e articular projetos culturais já existentes nas comunidades. Alguns municípios gaúchos chegaram a fazer convênios isoladamente com o governo federal, dentro do programa – cerca de 40. Mas em 2012, o governo do Estado assinou com o MinC um convênio pelo qual ambas as esferas passam a atuar em conjunto, oferecendo fomento financeiro e apoio aos grupos, selecionados em editais. O governo federal participa com 80% dos recursos e o Estado, com 20%, num total de 18 milhões para 160 grupos selecionados. Projetos de municípios com até 10 mil habitantes recebem 60 mil reais em parcelas durante três anos. Os de cidades com mais de 10 mil habitantes recebem 180 mil reais por igual período de tempo. Os recursos se destinam em parte à aquisição de equipamentos e o restante, ao custeio. Um primeiro edital selecionou 82 grupos culturais em todo o RS. Outro edital, em fevereiro passado, previu a seleção de 78 novos grupos. Ao ter seu projeto de trabalho escolhido, o grupo é reconhecido pelo programa como Ponto Cultural, um reconhecimento que funciona como qualificação. O Rio Grande do Sul foi um dos últimos estados, junto com o Paraná, a aderir ao programa federal.

Desenvolvimento e cidadania

O programa deixa de considerar a cultura como bem periférico para as pessoas e passa a tratá-la como parte integrante da vida da comunidade. “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado”, argumenta João Pontes, da Sedac. “A ideia é que a cultura gera renda, emprega pessoas, movimenta a economia de diferentes formas e contribui para a inclusão social”. Dados de pesquisa mostram que 7% da economia brasileira são vinculados à cultura, o que acompanha a média mundial.

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

Os grupos que estão tendo sua importância reconhecida são, diz João Pontes, “historicamente excluídos de tudo – das políticas públicas, do financiamento e dos meios de comunicação privados”. A grande indústria cultural os relega a uma condição de invisibilidade. A nova visão sobre a questão pretende compreender os direitos culturais como prevê a Constituição: bens e serviços culturais são direitos sociais básicos. “Os Pontos de Cultura dentro dos sistemas estadual e federal cumprem o mesmo papel que o posto de saúde e a escola”, diz Pontes.

Para o coordenador do projeto na Secretaria da Cultura, Ricardo Oliveira, “o Estado não tem a capacidade nem a atribuição de fazer cultura. Quem faz cultura são o cidadão e as comunidades. Cabe ao Estado a ação política para estimular a cidadania cultural”. Oliveira considera que o saldo mais importante dessa política é a articulação em rede e a possibilidade dos grupos se encontrarem, trocarem informações e experiências, verem a si mesmos, ganhando autonomia e reconhecimento. A distribuição dos Pontos de Cultura leva em conta a divisão territorial: cada uma das nove regiões funcionais do Estado tem um Ponto de Cultura. Existe também a preocupação de reconhecer como Ponto grupos estabelecidos nos Territórios da Paz, onde o governo procura atuar na área de segurança melhorando os serviços públicos e a qualidade de vida da população.

A noção de cultura merece um tratamento específico. Ela não se limita às manifestações artísticas. “Hoje se avança na construção de uma base teórica e conceitual da cultura”, diz Ricardo Oliveira. Na conceituação ampliada, a cultura perpassa questões de saúde, de economia solidária ou movimentos sociais e campesinos. Ou, segundo o próprio Gilberto Gil, “todo trabalho humano é para a cultura e pela cultura. A senhora que vai à missa, a outra que vai ao terreiro de candomblé, outro que vai ao futebol, outro que vai namorar, tudo isso é cultura”. A diversidade está representada nos projetos selecionados, que tanto podem ser grupos de tradição afro, quilombolas, indígenas, de economia popular solidária, meio ambiente, agricultura familiar, cultura digital, educação, música, dança, teatro. A exigência é que tenham o reconhecimento da comunidade.

Ilê Axé Cultural: em Guaíba, o resgate da tradição afro

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura. O convênio que cria o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural foi assinado recentemente e a responsável pela casa, Carmem Lucia de Oliveira – Mãe Carmem de Oxalá, comemora: “Se chegamos até aqui sem recursos, a partir de agora nosso trabalho vai aparecer mais ainda”. A casa existe desde 1943 e tem uma longa tradição de serviço e de agregação social na comunidade do Jardim Santa Rita, em Guaíba. Mãe Carmem é sucessora de sua mãe e a casa sempre foi regida pela força feminina, tanto no campo espiritual quanto social. “Em pequena, via minha mãe receber e orientar muitas pessoas, principalmente mulheres”, conta, lembrando a atuação de guia solidária que a mãe desempenhava.

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

“Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas”, diz. Além de preservar e valorizar a cultura afro, devolvendo identidade e orgulho às pessoas, a casa oferece à comunidade oficinas e atividades práticas de aprendizado e de trabalho. Por iniciativa da Ilê Axè Cultural, foram identificadas e preservadas duas áreas na cidade – a Pedra de Xangô e a Gruta de Oxum, ambas na praia da Alegria – , espaços outrora habitados por negros escravizados. “Nossas atividades culturais desembocam nesses espaços”, diz ela. A casa dispõe de um telecentro aberto à comunidade. Com 11 máquinas, não dá para atender todos ao mesmo tempo, por isso existe um horário de uso. Quando o jovem deixa o computador para ceder o espaço a outro, vai para uma “roda de conversa”, que tem a coordenação de alguém do grupo, onde tem oportunidade de falar sobre temas de sua realidade e onde a questão da identidade é um dos assuntos que mais aparecem.

O projeto selecionado pelo programa é composto por três eixos: culturas populares – oficinas de capoeira, ritmos e danças; grupos étnicos culturais – resgate cultural, popularização das festas, exposições; e incubadora cultural, onde os jovens têm acesso a equipamentos como instrumentos musicais, máquinas fotográficas, filmadoras e equipamentos de som, oferecendo a possibilidade de projetarem o futuro. Uma das primeiras aquisições que a casa fará com os recursos repassados pelo projeto será aparelhos de ar condicionado que vão melhorar o conforto dos usuários no telecentro.

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz

Com uma história heroica de 35 anos, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um dos projetos reconhecidos pelo Rede RS Pontos de Cultura. Obter patrocínios não tem sido frequente na vida deste grupo que optou por subverter a estética e a experimentação teatral com base no teatro revolucionário e no pensamento do francês Antonin Artaud, ligado à arte surrealista e ao movimento anarquista. “O grupo tem desenvolvido ao longo do tempo diversas formas de sustentabilidade”, diz Marta Haas, que trabalha com a tribo desde 99, primeiro como aluna de uma das oficinas e agora dando aulas de iniciação teatral. Só depois de 28 anos de atuação, o grupo obteve um patrocínio – da Petrobras – que se manteve até o final do ano passado, custeando muitas das despesas. As pessoas mantêm atividades paralelas e não dependem financeiramente do trabalho que fazem no grupo. “Os recursos que virão agora vão garantir a continuidade de algumas oficinas em bairros”, diz Marta. Possibilitarão também qualificar o equipamento audiovisual do grupo. Ela acredita que, por ter sido reconhecido como Ponto de Cultura, Ói Nóis Aqui Traveiz terá mais facilidade em atuar em rede com outros grupos e com outros Pontos de Cultura.

O grupo teve como sede durante muitos anos a Terreira da Tribo, em mais de um endereço, na Cidade Baixa. Desde 2000, ocupa um espaço no bairro Navegante, onde funciona como Escola de Teatro Popular. Toda a organização do grupo é coletiva, desde a criação e montagem dos espetáculos à manutenção do espaço. As oficinas de formação de atores, uma das vertentes do trabalho do grupo, são gratuitas, em seis bairros da cidade.

RS da Igualdade - 468x60

Tags: A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz<, Casa de Cultura Mario Quintana, cidadania, Cultura Viva, dança teatro, diversidade cultural, Ilê Axé Cultural, Música, Pontos de Cultura, territórios da paz

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Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura.

Data:18/mar/2014, 8h13min

Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola

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A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é  um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

Adélia Porto Silva

Eles têm poucos recursos, pouca visibilidade e quase nenhum apoio, mas desempenham um trabalho persistente, importante e corajoso. São grupos de cidadãos que militam em atividades culturais como música, dança, teatro, mas também em ações de educação ou de economia solidária. Compõem uma rede informal de rica diversidade cultural e são fortemente vinculados às comunidades a que pertencem. Desde 2012, esses grupos culturais estão podendo receber apoio financeiro e acompanhamento técnico por parte do governo estadual, em convênio com o governo federal, através do Programa Rede RS de Pontos de Cultura.

Na segunda semana de fevereiro, por exemplo, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural, promovido pela Secretaria de Cultura. O curso, que tem um módulo presencial de três dias e outro à distância, com duração de dois meses, trata de temas como economia da cultura, planejamento e gestão cultural, prestação de contas e aspectos jurídicos. O objetivo, diz o diretor de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Cultura, João Pontes, é ajudar a instrumentalizar os grupos para o gerenciamento, geração de recursos, busca de novos caminhos e oportunidades. “É a sociedade que produz cultura”, diz Pontes. “O Estado oferece apoio”.

Na segunda semana de fevereiro,  43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

Na segunda semana de fevereiro, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

O programa Pontos de Cultura nasceu como política de base do Cultura Viva, do Ministério da Cultura, em 2004, na gestão de Gilberto Gil, para reconhecer, apoiar e articular projetos culturais já existentes nas comunidades. Alguns municípios gaúchos chegaram a fazer convênios isoladamente com o governo federal, dentro do programa – cerca de 40. Mas em 2012, o governo do Estado assinou com o MinC um convênio pelo qual ambas as esferas passam a atuar em conjunto, oferecendo fomento financeiro e apoio aos grupos, selecionados em editais. O governo federal participa com 80% dos recursos e o Estado, com 20%, num total de 18 milhões para 160 grupos selecionados. Projetos de municípios com até 10 mil habitantes recebem 60 mil reais em parcelas durante três anos. Os de cidades com mais de 10 mil habitantes recebem 180 mil reais por igual período de tempo. Os recursos se destinam em parte à aquisição de equipamentos e o restante, ao custeio. Um primeiro edital selecionou 82 grupos culturais em todo o RS. Outro edital, em fevereiro passado, previu a seleção de 78 novos grupos. Ao ter seu projeto de trabalho escolhido, o grupo é reconhecido pelo programa como Ponto Cultural, um reconhecimento que funciona como qualificação. O Rio Grande do Sul foi um dos últimos estados, junto com o Paraná, a aderir ao programa federal.

Desenvolvimento e cidadania

O programa deixa de considerar a cultura como bem periférico para as pessoas e passa a tratá-la como parte integrante da vida da comunidade. “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado”, argumenta João Pontes, da Sedac. “A ideia é que a cultura gera renda, emprega pessoas, movimenta a economia de diferentes formas e contribui para a inclusão social”. Dados de pesquisa mostram que 7% da economia brasileira são vinculados à cultura, o que acompanha a média mundial.

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

Os grupos que estão tendo sua importância reconhecida são, diz João Pontes, “historicamente excluídos de tudo – das políticas públicas, do financiamento e dos meios de comunicação privados”. A grande indústria cultural os relega a uma condição de invisibilidade. A nova visão sobre a questão pretende compreender os direitos culturais como prevê a Constituição: bens e serviços culturais são direitos sociais básicos. “Os Pontos de Cultura dentro dos sistemas estadual e federal cumprem o mesmo papel que o posto de saúde e a escola”, diz Pontes.

Para o coordenador do projeto na Secretaria da Cultura, Ricardo Oliveira, “o Estado não tem a capacidade nem a atribuição de fazer cultura. Quem faz cultura são o cidadão e as comunidades. Cabe ao Estado a ação política para estimular a cidadania cultural”. Oliveira considera que o saldo mais importante dessa política é a articulação em rede e a possibilidade dos grupos se encontrarem, trocarem informações e experiências, verem a si mesmos, ganhando autonomia e reconhecimento. A distribuição dos Pontos de Cultura leva em conta a divisão territorial: cada uma das nove regiões funcionais do Estado tem um Ponto de Cultura. Existe também a preocupação de reconhecer como Ponto grupos estabelecidos nos Territórios da Paz, onde o governo procura atuar na área de segurança melhorando os serviços públicos e a qualidade de vida da população.

A noção de cultura merece um tratamento específico. Ela não se limita às manifestações artísticas. “Hoje se avança na construção de uma base teórica e conceitual da cultura”, diz Ricardo Oliveira. Na conceituação ampliada, a cultura perpassa questões de saúde, de economia solidária ou movimentos sociais e campesinos. Ou, segundo o próprio Gilberto Gil, “todo trabalho humano é para a cultura e pela cultura. A senhora que vai à missa, a outra que vai ao terreiro de candomblé, outro que vai ao futebol, outro que vai namorar, tudo isso é cultura”. A diversidade está representada nos projetos selecionados, que tanto podem ser grupos de tradição afro, quilombolas, indígenas, de economia popular solidária, meio ambiente, agricultura familiar, cultura digital, educação, música, dança, teatro. A exigência é que tenham o reconhecimento da comunidade.

Ilê Axé Cultural: em Guaíba, o resgate da tradição afro

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura. O convênio que cria o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural foi assinado recentemente e a responsável pela casa, Carmem Lucia de Oliveira – Mãe Carmem de Oxalá, comemora: “Se chegamos até aqui sem recursos, a partir de agora nosso trabalho vai aparecer mais ainda”. A casa existe desde 1943 e tem uma longa tradição de serviço e de agregação social na comunidade do Jardim Santa Rita, em Guaíba. Mãe Carmem é sucessora de sua mãe e a casa sempre foi regida pela força feminina, tanto no campo espiritual quanto social. “Em pequena, via minha mãe receber e orientar muitas pessoas, principalmente mulheres”, conta, lembrando a atuação de guia solidária que a mãe desempenhava.

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

“Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas”, diz. Além de preservar e valorizar a cultura afro, devolvendo identidade e orgulho às pessoas, a casa oferece à comunidade oficinas e atividades práticas de aprendizado e de trabalho. Por iniciativa da Ilê Axè Cultural, foram identificadas e preservadas duas áreas na cidade – a Pedra de Xangô e a Gruta de Oxum, ambas na praia da Alegria – , espaços outrora habitados por negros escravizados. “Nossas atividades culturais desembocam nesses espaços”, diz ela. A casa dispõe de um telecentro aberto à comunidade. Com 11 máquinas, não dá para atender todos ao mesmo tempo, por isso existe um horário de uso. Quando o jovem deixa o computador para ceder o espaço a outro, vai para uma “roda de conversa”, que tem a coordenação de alguém do grupo, onde tem oportunidade de falar sobre temas de sua realidade e onde a questão da identidade é um dos assuntos que mais aparecem.

O projeto selecionado pelo programa é composto por três eixos: culturas populares – oficinas de capoeira, ritmos e danças; grupos étnicos culturais – resgate cultural, popularização das festas, exposições; e incubadora cultural, onde os jovens têm acesso a equipamentos como instrumentos musicais, máquinas fotográficas, filmadoras e equipamentos de som, oferecendo a possibilidade de projetarem o futuro. Uma das primeiras aquisições que a casa fará com os recursos repassados pelo projeto será aparelhos de ar condicionado que vão melhorar o conforto dos usuários no telecentro.

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz

Com uma história heroica de 35 anos, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um dos projetos reconhecidos pelo Rede RS Pontos de Cultura. Obter patrocínios não tem sido frequente na vida deste grupo que optou por subverter a estética e a experimentação teatral com base no teatro revolucionário e no pensamento do francês Antonin Artaud, ligado à arte surrealista e ao movimento anarquista. “O grupo tem desenvolvido ao longo do tempo diversas formas de sustentabilidade”, diz Marta Haas, que trabalha com a tribo desde 99, primeiro como aluna de uma das oficinas e agora dando aulas de iniciação teatral. Só depois de 28 anos de atuação, o grupo obteve um patrocínio – da Petrobras – que se manteve até o final do ano passado, custeando muitas das despesas. As pessoas mantêm atividades paralelas e não dependem financeiramente do trabalho que fazem no grupo. “Os recursos que virão agora vão garantir a continuidade de algumas oficinas em bairros”, diz Marta. Possibilitarão também qualificar o equipamento audiovisual do grupo. Ela acredita que, por ter sido reconhecido como Ponto de Cultura, Ói Nóis Aqui Traveiz terá mais facilidade em atuar em rede com outros grupos e com outros Pontos de Cultura.

O grupo teve como sede durante muitos anos a Terreira da Tribo, em mais de um endereço, na Cidade Baixa. Desde 2000, ocupa um espaço no bairro Navegante, onde funciona como Escola de Teatro Popular. Toda a organização do grupo é coletiva, desde a criação e montagem dos espetáculos à manutenção do espaço. As oficinas de formação de atores, uma das vertentes do trabalho do grupo, são gratuitas, em seis bairros da cidade.

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Tags: A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz<, Casa de Cultura Mario Quintana, cidadania, Cultura Viva, dança teatro, diversidade cultural, Ilê Axé Cultural, Música, Pontos de Cultura, territórios da paz

2 comentários para “Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola”

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura.

Data:18/mar/2014, 8h13min

Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola

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A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é  um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

A tribo Oi Nóis Aqui Traveiz é um dos grupos que integram os Pontos de Cultura e são beneficiados pelo governo do Estado | Foto: Pedro Isaías Lucas

Adélia Porto Silva

Eles têm poucos recursos, pouca visibilidade e quase nenhum apoio, mas desempenham um trabalho persistente, importante e corajoso. São grupos de cidadãos que militam em atividades culturais como música, dança, teatro, mas também em ações de educação ou de economia solidária. Compõem uma rede informal de rica diversidade cultural e são fortemente vinculados às comunidades a que pertencem. Desde 2012, esses grupos culturais estão podendo receber apoio financeiro e acompanhamento técnico por parte do governo estadual, em convênio com o governo federal, através do Programa Rede RS de Pontos de Cultura.

Na segunda semana de fevereiro, por exemplo, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural, promovido pela Secretaria de Cultura. O curso, que tem um módulo presencial de três dias e outro à distância, com duração de dois meses, trata de temas como economia da cultura, planejamento e gestão cultural, prestação de contas e aspectos jurídicos. O objetivo, diz o diretor de Cidadania e Diversidade Cultural, da Secretaria de Cultura, João Pontes, é ajudar a instrumentalizar os grupos para o gerenciamento, geração de recursos, busca de novos caminhos e oportunidades. “É a sociedade que produz cultura”, diz Pontes. “O Estado oferece apoio”.

Na segunda semana de fevereiro,  43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

Na segunda semana de fevereiro, 43 representantes de grupos participaram na Casa de Cultura Mario Quintana de um curso de formação em gestão cultural | Foto: Sedac / Divulgação

O programa Pontos de Cultura nasceu como política de base do Cultura Viva, do Ministério da Cultura, em 2004, na gestão de Gilberto Gil, para reconhecer, apoiar e articular projetos culturais já existentes nas comunidades. Alguns municípios gaúchos chegaram a fazer convênios isoladamente com o governo federal, dentro do programa – cerca de 40. Mas em 2012, o governo do Estado assinou com o MinC um convênio pelo qual ambas as esferas passam a atuar em conjunto, oferecendo fomento financeiro e apoio aos grupos, selecionados em editais. O governo federal participa com 80% dos recursos e o Estado, com 20%, num total de 18 milhões para 160 grupos selecionados. Projetos de municípios com até 10 mil habitantes recebem 60 mil reais em parcelas durante três anos. Os de cidades com mais de 10 mil habitantes recebem 180 mil reais por igual período de tempo. Os recursos se destinam em parte à aquisição de equipamentos e o restante, ao custeio. Um primeiro edital selecionou 82 grupos culturais em todo o RS. Outro edital, em fevereiro passado, previu a seleção de 78 novos grupos. Ao ter seu projeto de trabalho escolhido, o grupo é reconhecido pelo programa como Ponto Cultural, um reconhecimento que funciona como qualificação. O Rio Grande do Sul foi um dos últimos estados, junto com o Paraná, a aderir ao programa federal.

Desenvolvimento e cidadania

O programa deixa de considerar a cultura como bem periférico para as pessoas e passa a tratá-la como parte integrante da vida da comunidade. “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado”, argumenta João Pontes, da Sedac. “A ideia é que a cultura gera renda, emprega pessoas, movimenta a economia de diferentes formas e contribui para a inclusão social”. Dados de pesquisa mostram que 7% da economia brasileira são vinculados à cultura, o que acompanha a média mundial.

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

João Pontes: “A cultura está na pauta do desenvolvimento do Estado” | Foto: Divulgação

Os grupos que estão tendo sua importância reconhecida são, diz João Pontes, “historicamente excluídos de tudo – das políticas públicas, do financiamento e dos meios de comunicação privados”. A grande indústria cultural os relega a uma condição de invisibilidade. A nova visão sobre a questão pretende compreender os direitos culturais como prevê a Constituição: bens e serviços culturais são direitos sociais básicos. “Os Pontos de Cultura dentro dos sistemas estadual e federal cumprem o mesmo papel que o posto de saúde e a escola”, diz Pontes.

Para o coordenador do projeto na Secretaria da Cultura, Ricardo Oliveira, “o Estado não tem a capacidade nem a atribuição de fazer cultura. Quem faz cultura são o cidadão e as comunidades. Cabe ao Estado a ação política para estimular a cidadania cultural”. Oliveira considera que o saldo mais importante dessa política é a articulação em rede e a possibilidade dos grupos se encontrarem, trocarem informações e experiências, verem a si mesmos, ganhando autonomia e reconhecimento. A distribuição dos Pontos de Cultura leva em conta a divisão territorial: cada uma das nove regiões funcionais do Estado tem um Ponto de Cultura. Existe também a preocupação de reconhecer como Ponto grupos estabelecidos nos Territórios da Paz, onde o governo procura atuar na área de segurança melhorando os serviços públicos e a qualidade de vida da população.

A noção de cultura merece um tratamento específico. Ela não se limita às manifestações artísticas. “Hoje se avança na construção de uma base teórica e conceitual da cultura”, diz Ricardo Oliveira. Na conceituação ampliada, a cultura perpassa questões de saúde, de economia solidária ou movimentos sociais e campesinos. Ou, segundo o próprio Gilberto Gil, “todo trabalho humano é para a cultura e pela cultura. A senhora que vai à missa, a outra que vai ao terreiro de candomblé, outro que vai ao futebol, outro que vai namorar, tudo isso é cultura”. A diversidade está representada nos projetos selecionados, que tanto podem ser grupos de tradição afro, quilombolas, indígenas, de economia popular solidária, meio ambiente, agricultura familiar, cultura digital, educação, música, dança, teatro. A exigência é que tenham o reconhecimento da comunidade.

Ilê Axé Cultural: em Guaíba, o resgate da tradição afro

Fica em Guaíba a primeira casa de matriz africana do Rio Grande do Sul a obter o reconhecimento como Ponto de Cultura. O convênio que cria o Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural foi assinado recentemente e a responsável pela casa, Carmem Lucia de Oliveira – Mãe Carmem de Oxalá, comemora: “Se chegamos até aqui sem recursos, a partir de agora nosso trabalho vai aparecer mais ainda”. A casa existe desde 1943 e tem uma longa tradição de serviço e de agregação social na comunidade do Jardim Santa Rita, em Guaíba. Mãe Carmem é sucessora de sua mãe e a casa sempre foi regida pela força feminina, tanto no campo espiritual quanto social. “Em pequena, via minha mãe receber e orientar muitas pessoas, principalmente mulheres”, conta, lembrando a atuação de guia solidária que a mãe desempenhava.

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

Mãe Carmem: “Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas” | Foto: Sedac / Divulgação

“Nosso trabalho é ajudar a tornar digna a vida das pessoas”, diz. Além de preservar e valorizar a cultura afro, devolvendo identidade e orgulho às pessoas, a casa oferece à comunidade oficinas e atividades práticas de aprendizado e de trabalho. Por iniciativa da Ilê Axè Cultural, foram identificadas e preservadas duas áreas na cidade – a Pedra de Xangô e a Gruta de Oxum, ambas na praia da Alegria – , espaços outrora habitados por negros escravizados. “Nossas atividades culturais desembocam nesses espaços”, diz ela. A casa dispõe de um telecentro aberto à comunidade. Com 11 máquinas, não dá para atender todos ao mesmo tempo, por isso existe um horário de uso. Quando o jovem deixa o computador para ceder o espaço a outro, vai para uma “roda de conversa”, que tem a coordenação de alguém do grupo, onde tem oportunidade de falar sobre temas de sua realidade e onde a questão da identidade é um dos assuntos que mais aparecem.

O projeto selecionado pelo programa é composto por três eixos: culturas populares – oficinas de capoeira, ritmos e danças; grupos étnicos culturais – resgate cultural, popularização das festas, exposições; e incubadora cultural, onde os jovens têm acesso a equipamentos como instrumentos musicais, máquinas fotográficas, filmadoras e equipamentos de som, oferecendo a possibilidade de projetarem o futuro. Uma das primeiras aquisições que a casa fará com os recursos repassados pelo projeto será aparelhos de ar condicionado que vão melhorar o conforto dos usuários no telecentro.

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

Com os recursos da Rede RS Pontos de Cultura, a tribo Oi Nóis Aqui Traveiz vai investir nas oficinas que oferece em alguns bairros de Porto Alegre | Foto: Pedro Isaías Lucas

A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz

Com uma história heroica de 35 anos, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz é um dos projetos reconhecidos pelo Rede RS Pontos de Cultura. Obter patrocínios não tem sido frequente na vida deste grupo que optou por subverter a estética e a experimentação teatral com base no teatro revolucionário e no pensamento do francês Antonin Artaud, ligado à arte surrealista e ao movimento anarquista. “O grupo tem desenvolvido ao longo do tempo diversas formas de sustentabilidade”, diz Marta Haas, que trabalha com a tribo desde 99, primeiro como aluna de uma das oficinas e agora dando aulas de iniciação teatral. Só depois de 28 anos de atuação, o grupo obteve um patrocínio – da Petrobras – que se manteve até o final do ano passado, custeando muitas das despesas. As pessoas mantêm atividades paralelas e não dependem financeiramente do trabalho que fazem no grupo. “Os recursos que virão agora vão garantir a continuidade de algumas oficinas em bairros”, diz Marta. Possibilitarão também qualificar o equipamento audiovisual do grupo. Ela acredita que, por ter sido reconhecido como Ponto de Cultura, Ói Nóis Aqui Traveiz terá mais facilidade em atuar em rede com outros grupos e com outros Pontos de Cultura.

O grupo teve como sede durante muitos anos a Terreira da Tribo, em mais de um endereço, na Cidade Baixa. Desde 2000, ocupa um espaço no bairro Navegante, onde funciona como Escola de Teatro Popular. Toda a organização do grupo é coletiva, desde a criação e montagem dos espetáculos à manutenção do espaço. As oficinas de formação de atores, uma das vertentes do trabalho do grupo, são gratuitas, em seis bairros da cidade.

RS da Igualdade - 468x60

Tags: A história heroica do Ói Nóis Aqui Traveiz<, Casa de Cultura Mario Quintana, cidadania, Cultura Viva, dança teatro, diversidade cultural, Ilê Axé Cultural, Música, Pontos de Cultura, territórios da paz

2 comentários para “Pontos de Cultura atendem a um direito básico do cidadão, como a saúde e a escola”

segunda-feira, 17 de março de 2014

terça-feira, 11 de março de 2014

Parceria Confirmada entre a Escola Estadual Dr. Ruy Coelho Gonçalves e ASSOBECATY

A parceria confirmada entre a Escola Ruy Coelho Gonçalves próxima da sede da Assobecaty, foi através do Ponto de Escuta, serviço prestado pela equipe da Psicologia da Assobecaty. Inicialmente o serviço contava com as Psicólogas Rogéria Ferrari, Ana Clara Espíndola que se deslocavam até à escola e lá prestavam um serviço de orientação voltado à orientação clínica ao público da escola, ainda tivemos a contribuição da Psicóloga Débora Lúcia de Souza e Silva, que desenvolveu um trabalho voltado ao quadro funcional da escola. Uma lista infindável de seminários: Programa Nacional Cantando as Diferenças, Seminário de Atenção Jurídica, seguidos de inumeráveis atividades valorizando as mulheres, se confirma com a realização da Roda de Acolhimento as Médicas Cubanas. Atualmente a escola compõe o Conselho Gestor do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural. Obrigado ao quadro funcional da escola e a diretora Tânia Massena.

Foto: A parceria confirmada entre a Escola Ruy Coelho Gonçalves próxima da sede da Assobecaty, foi através do Ponto de Escuta, serviço prestado pela equipe da Psicologia da Assobecaty. Inicialmente o serviço contava com as Psicólogas Rogéria Ferrari, Ana Clara Espíndola que se deslocavam até à escola e lá prestavam um serviço de orientação voltado à orientação clínica ao público da escola, ainda tivemos a contribuição da Psicóloga Débora Lúcia de Souza e Silva, que desenvolveu um trabalho voltado ao quadro funcional da escola. Uma lista infindável de seminários:  Programa Nacional Cantando as Diferenças, Seminário de Atenção Jurídica, seguidos de inumeráveis atividades valorizando as mulheres, se confirma com a realização da Roda de Acolhimento as Médicas Cubanas. Atualmente a escola compõe o Conselho Gestor do Ponto de Cultura Ilê Axé Cultural. Obrigado ao quadro funcional da escola e a diretora Tânia Massena.

quinta-feira, 6 de março de 2014

ASSOBECATY EM PLENA COMEMORAÇÃO DE ANIVERSÁRIO, RECEBE MÉDICAS CUBANAS, NO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Assobecaty dando continuidade as praticas celebrativas de comemoração aos 80 anos de resistência e 26 de identidade jurídica, em parceria com a Escola Estadual Dr. Ruy Coelho Gonçalves realizam Roda de Acolhimento as Médicas Cubanas, sábado 08/03 ás 11 hs na Rua Wenceslau Fontoura N. 226. Jardim Santa Rita Guaíba. Participe!
Foto: Assobecaty dando continuidade as praticas celebrativas de comemoração  aos 80 anos de resistência e 26 de identidade jurídica, em parceria com a Escola Estadual Dr. Ruy Coelho  Gonçalves realizam Roda de Acolhimento as Médicas Cubanas, sábado 08/03 ás 11 hs na Rua Wenceslau Fontoura N. 226. Jardim Santa Rita Guaíba. Participe!

quarta-feira, 5 de março de 2014

Travessia de Yemanjá marcará aniversário de 80 anos da ASSOBECATY

 

Mãe Yemanjá ASSOBECATY

A imagem de Mãe Yemanjá  da ASSOBECATY será conduzida até a Ilha das Pedras Brancas:

Como forma de homenagear a padroeira da Associação Beneficente Cultural Africana Templo de Yemanjá , que completa 80 anos no dia 8 de fevereiro, está sendo preparada uma travessia no rio Guaíba.

Dia 23 de fevereiro, ás 14 horas

Maiores informações fone 30556655  / 84945770

Escola Estadual Ruy Coelho Gonçalves e Assobecaty Convidam Roda de Acolhimento Médicas Cubanas

Os parceiros ASSOBECATY e Escola Estadual Dr. Ruy Coelho Gonçalves realizam Roda de Acolhimento às Médicas Cubanas.
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